segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O bonjardinense sabe votar? O bonjardinense sabe escolher?

Nova legislatura sem 9 dos 13 atuais vereadores

O imaginário do eleitor bonjardinense estava semeado pela ideia política de mudança na Câmara Municipal. Era comum ouvir das pessoas o sentimento de insatisfação com a atuação dos vereadores da atual legislatura. Mudar, renovar, escolher novos vereadores era algo que se ouvia aos quatro cantos do município. Mudar, renovar eram palavras de ordem.  Essa revolta do eleitor deixou os atuais vereadores assustados com o que poderia acontecer.  O calendário eleitoral determina o momento da organização partidária, filiações, cadastramento do eleitor, mudança de partido, criação de novos partidos, a busca por candidatos, formação de quadros para conquistar a vitória majoritária e fazer a maior bancada de vereadores aliados. 

Campo fértil para novos candidatos  rumo ao poder Legislativo Municipal. Quem sabe se não  há mudança e renovação da Câmara. Vários candidatos habilitados representam diversos segmentos, diversos interesses. Interesses pessoais ou interesses coletivos? O que tudo isso significa? Solidariedade, sonhos,  possibilidades ou pesadelos, decepções, abismos? Cidadania ou clientelismo?
Propostas ou baralho? Debates que libertam ou o Silêncio que nos condicionam nas prisões dos donos do poder local? Até quando Bom Jardim continuará com os donos do Poder Político? Manipuladores das eleições, manipuladores dos partidos e coligações. Bajuladores do grande sistema.

Muita gente em cima do muro. Medo, insegurança, instabilidade típica da dependência econômica.  A eleição não reflete na sua essência o que é  democracia. Voto tem preço. A Justiça Eleitoral é insuficiente. Rasga-se a Lei, o Direito, os Princípios. Para muitos o voto é uma mercadoria das negociatas sombrias. Cimento, tijolos, areia, dinheiro, cachaça, passagens, celular, é a  moeda nesse escambo eleitoral. Não há escolha decente quando o dinheiro compra consciências. A compra de votos é o câncer que alimenta a corrupção na política e em todas as esferas do poder público e privado. O dinheiro que compra o voto extermina as boas ideias, os projetos e as políticas públicas necessárias a serem implantadas em todo município.  Aquele que compra e vende o voto impede a melhoria da educação, da saúde, da preservação do ambiente, a geração de emprego e renda. Aqueles que compram e vendem o voto muitas vezes só são capazes de promoverem a corrupção, não dispõem de  força e capacidade para lutar por nossa autonomia  na geopolítica  do desenvolvimento regional, não são capazes  de lutar por uma universidade para nossos jovens.

Nem tudo foi perda, nem tudo foi ganho. Poucos vereadores antigos foram eleitos, no entanto, não se pode esperar muito com o resultado das urnas em 02 de outubro. Embora não houvesse mudança com renovação na Câmara de vereadores de Bom Jardim, é possível comemorar a presença de mais gente participando das eleições. Gente que fez campanha decente, mostrando propostas, conhecendo melhor a realidade de nossas comunidades. Mais gente disposta no enfrentamento da quebra de paradigmas da velha política local. Podemos citar bons candidatos de diversos partidos que não foram eleitos, mas deram uma valiosa contribuição ao ser candidatos nestas eleições. Fizeram sua parte. Imaginem se Professor Edgar, Sabiá, Zenilton, Zé Célio, Lúcio Mário, Douglas, Renato, Rosa, Karen, Maciel, Manoel Caboclo, Everaldo, Felipe, por exemplo, tivessem sido eleitos. Seria a princípio uma melhor representação. Você poder até dizer que foi feita a vontade da maioria, no entanto, não há vontade  do eleitor quando não há democracia plena, quando não há escolha livre. Não há democracia quando há o abuso do poder econômico ou outro tipo de pressão sobre a decisão de quem vota. Sejamos otimistas com o  futuro!  Que haja eleições verdadeiramente livres, honestas em Bom Jardim, Pernambuco e no Brasil!

Quanto gastou de verdade cada vereador eleito? Suas prestações de contas traduzem a realidade de seus gastos de campanha ou serão contabilizados gastos de faz de conta?  Mera formalidade? Até quando? As denúncias feitas ao PARDAL e ao Ministério Público serão apuradas? Haverá diplomação de todos os eleitos?
O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, faz  bloqueio temporário de alguns beneficiários do Programa Bolsa Família citados em diversas prestações de contas.

Dos 13 vereadores eleitos, 6 são da coligação de Miguel Barbosa, 5 na coligação de João Lira; 2 da coligação de Kalina Rufino. Quem vai continuar na oposição? Quem vai passar para situação? Quem vai jogar dos dois lados? Quem vai passar da situação para oposição?

A eleição da Mesa Diretora da Câmara já movimenta os bastidores com as pré-candidaturas de Jotinha e Valéria.

Saber votar é fácil. É só digitar o número de qualquer candidato. Muitas vezes há pessoas que não sabem em quem votou meia  hora depois das eleições.
Saber escolher um representante, um candidato é algo mais elaborado, racional, qualitativo. Saber escolher um candidato é pensar, planejar, cuidar do futuro de todos. É ser solidário com as necessidades do município, dos que mais precisam. É cuidar da educação, da saúde, do ambiente , da geração de emprego e renda. É pensar na qualidade de vida de si e de todos, com muita responsabilidade.


*Imagem ilustrativa Câmara de Bom Jardim ( Facebook).
Bom Jardim, 27 de outubro 2016. Por Bom Jardim Política.



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